domingo, 3 de agosto de 2025

Acre unifica cargos de agente e escrivão e moderniza Polícia Civil com foco em eficiência e valorização


O governo do Acre oficializou, nesta sexta-feira, 1º de agosto, a unificação dos cargos de agente de polícia e escrivão de polícia, ambos integrantes da Polícia Civil do Estado. A medida, publicada no Diário Oficial do Estado, foi implementada por meio de alteração na Lei Complementar nº 129/2004, que dispõe sobre a Lei Orgânica da Polícia Civil e o Estatuto dos Policiais Civis.

Trata-se de mais um estado brasileiro que adota a unificação como estratégia de modernização organizacional e aprimoramento da eficiência institucional, em consonância com a evolução do modelo de polícia judiciária.

Segundo a publicação oficial, fonte desta postagem, a medida atende a um pleito antigo da categoria e representa um avanço importante na racionalização de recursos humanos, permitindo maior adaptabilidade frente aos desafios do trabalho policial moderno. O governador Gladson Cameli ressaltou o impacto positivo da medida tanto na valorização profissional quanto na eficiência do serviço público prestado:

“Com a unificação dos cargos de escrivão e agente da Polícia Civil do Acre, estamos dando um passo importante para valorizar os nossos profissionais da Segurança Pública, garantindo mais eficiência, igualdade e reconhecimento ao trabalho desempenhado por esses servidores.”

O delegado-geral da PCAC, José Henrique Maciel, também destacou os ganhos institucionais:

“A unificação dos cargos é uma vitória da categoria e um avanço institucional significativo. [...] Essa medida permitirá maior flexibilidade na atuação dos policiais, além de contribuir diretamente para o aprimoramento do atendimento à população.”

Ao permitir que os servidores tenham atribuições mais amplas e integradas, a nova estrutura busca reduzir sobrecargas, otimizar rotinas e adaptar a força de trabalho aos cenários investigativos mais dinâmicos e complexos.


Nota da ANEPF: a modernização avança nos estados — e a PF permanece inerte

A ANEPF enaltece mais essa iniciativa estadual como exemplo concreto de gestão pública inteligente, pautada na valorização do capital humano e na busca por maior eficiência e racionalidade na atividade de polícia judiciária.

Com a unificação, o Acre se junta a outros estados que já modernizaram suas estruturas policiais, como Sergipe, Espírito Santo, Ceará, Tocantins, Piauí, Rio de Janeiro e Paraná.

Na contramão desse movimento nacional, a Polícia Federal ainda não adotou qualquer medida efetiva para unificar os cargos de agente e escrivão.

Importante ressaltar que a minuta da nova Lei Orgânica da Polícia Federal (LOPF) foi enviada pelo Diretor-Geral ao Ministério da Justiça sem contemplar a unificação dos cargos, contrariando o interesse da base e ignorando avanços já implementados com sucesso em diversas Polícias Civis. Ressalte-se que a iniciativa de construir uma lei orgânica consta formalmente no Plano Estratégico da PF e no Plano PF80, alusivo aos 80 anos da instituição.

A ANEPF seguirá atuando de forma firme e propositiva para que a PF assuma de vez seu protagonismo institucional, supere estruturas obsoletas e avance rumo a um modelo moderno, eficiente e alinhado às melhores práticas do país.

Brasília, 03/08/2025.


EPF, contribua com a ANEPF: 

🔗 https://anepf.blogspot.com/p/contribuicao.html


terça-feira, 29 de julho de 2025

NOTA DA ANEPF AOS FILIADOS - Redistribuição de IPLs entre unidades sem critérios objetivos nem compensação: posição da Diretoria


A Associação Nacional dos Escrivães de Polícia Federal (ANEPF) informa aos seus filiados que recebeu manifestações de colegas EPFs preocupados com a prática, em curso em diversas unidades da Polícia Federal, de redistribuição de inquéritos policiais (IPLs) entre lotações distintas, sem critérios técnicos claros nem previsão de compensação financeira ou indenização aos servidores envolvidos.

Essa preocupação é legítima e encontra respaldo na missão da ANEPF de zelar pelas condições de trabalho e valorização da atuação do Escrivão de Polícia Federal.

Com o avanço do sistema eletrônico ePol, tornou-se tecnicamente possível que servidores de uma unidade auxiliem outras por meio do trabalho remoto em procedimentos investigativos ordinários (como a lavratura de certidões, ofícios, intimações, entre outros). No entanto, temos observado disparidades expressivas nas cargas de trabalho entre unidades de um mesmo estado, a exemplo de superintendências com EPFs responsáveis por 150 a 200 inquéritos em andamento, ao passo que delegacias do interior da mesma unidade federativa apresentam médias de apenas 40 IPLs por servidor.

A adoção de uma política de redistribuição sem o entendimento das peculiaridades entre cada tipo de unidade (Superintendência x Delegacia), sem normatização clara, sem critérios objetivos de produtividade e sem compensação adequada, pode representar um grave desequilíbrio funcional, com efeitos deletérios sobre a motivação, a justiça interna e a eficiência institucional. Há por exemplo o risco real de que servidores mais produtivos sejam sobrecarregados com acervos de  terceiros, sem qualquer reconhecimento formal ou vantagem correspondente, o que pode configurar, na prática, uma forma de punição indireta à eficiência e um incentivo tácito à improdutividade.

Diante disso, a Diretoria da ANEPF informa que:

  • É contrária à redistribuição generalizada e sem critérios de IPLs entre unidades da Polícia Federal, quando feita sem fundamentação normativa, parâmetros transparentes e justa compensação aos servidores que assumem cargas de trabalho adicionais;

  • Está estudando soluções viáveis para essa situação, incluindo a elaboração de proposta formal à Direção de Gestão de Pessoas da PF (DGP), no sentido de:

    • regulamentar a redistribuição interunidades;

    • estabelecer critérios técnicos de equidade e proporcionalidade;

    • e principalmente criar mecanismos de compensação — inclusive com possível utilização de recursos do FUNAPOL, nos termos da legislação vigente, como já ocorre em outras instituições do sistema de justiça (judiciário e defensoria pública);

  • Reafirma seu compromisso com a defesa da legalidade, da eficiência e da valorização profissional do Escrivão de Polícia Federal, pautando-se por princípios de justiça funcional e respeito aos direitos dos filiados.

Nosso objetivo é construir uma solução estruturada, segura e justa, que preserve a coesão institucional sem sobrecarregar ou desmotivar aqueles que desempenham suas atribuições com excelência.

A ANEPF seguirá atuando em todos os fóruns cabíveis para garantir que as medidas administrativas voltadas à equalização de trabalho não se convertam em instrumentos de desequilíbrio funcional, nem em desincentivo à meritocracia.

Colocamo-nos à disposição dos filiados para ouvir outras contribuições sobre o tema e reforçamos que toda pauta que impacte a categoria será acompanhada com atenção, responsabilidade e firmeza institucional.

Atenciosamente,
Diretoria Executiva da ANEPF
Brasília, 29 de Julho de 2025.

sexta-feira, 11 de julho de 2025

Eleições ANEPF 2025/2028 são encerradas com formalidade e transparência


A Associação Nacional dos Escrivães de Polícia Federal (ANEPF) comunica a todos os seus filiados e parceiros que nesta sexta-feira, 11 de julho de 2025, foi assinada pelo presidente da Comissão Eleitoral, Marcel Brandão Nunes, a Declaração de Encerramento do Processo Eleitoral da entidade.

Realizada no dia 24 de junho, a eleição para escolha da Diretoria Executiva e do Conselho Fiscal e Deliberativo que conduzirão a ANEPF pelos próximos três anos ocorreu em formato totalmente eletrônico, garantindo facilidade e acessibilidade aos associados. O pleito, com participação de chapa única, resultou na aclamação unânime da chapa inscrita.

Após a divulgação oficial do resultado em 30 de junho, foi aberto o prazo estatutário de 10 dias para eventuais recursos. Não havendo qualquer contestação, o processo foi formalmente encerrado pela Comissão Eleitoral.

A ANEPF agradece profundamente a todos os associados que participaram ativamente, fortalecendo assim a transparência e legitimidade do nosso processo democrático. Também reconhece e agradece o empenho, dedicação e seriedade da Comissão Eleitoral na condução ética e responsável de todas as etapas.

Com a nova gestão já plenamente empossada, reforçamos nosso compromisso em representar cada Escrivão de Polícia Federal, valorizando cada vez mais nossa categoria.

Brasília, 11 de Julho de 2025.

quinta-feira, 10 de julho de 2025

O Avanço da Unificação dos Cargos nas Polícias Civis e o Processo de Criação da Lei Orgânica da Polícia Federal – Parte 3


O processo de construção da Lei Orgânica da Polícia Federal (LOPF) segue em curso no âmbito do Ministério da Justiça e Segurança Pública, muito embora sem aparente divulgação ou transparência que seriam devidos num processo deste tipo. Enquanto isso, diversas Polícias Civis estaduais já se adiantaram à reforma institucional e estão implementando a unificação de seus cargos com base na Lei Orgânica Nacional das Polícias Civis (LONPC), aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo Presidente da República.

A LONPC definiu diretrizes obrigatórias para a estruturação da carreira policial nas Polícias Civis, promovendo a extinção de cargos isolados, como o de escrivão, e a unificação em uma nova denominação única: Oficial Investigador de Polícia (OIP). A adoção desse modelo visa modernizar a atuação das polícias judiciárias estaduais, integrando atribuições investigativas e desburocratizando as funções "cartorárias".

A mais recente atualização do Instituto NISP, divulgada em 10 de julho de 2025, traz um panorama atualizado dos estados que já avançaram significativamente nesse processo de reestruturação:

1) Estados com unificação avançada, já constando entre os 8 mais adiantados na implementação da LONPC:

  • Sergipe
  • Espírito Santo
  • Ceará
  • Tocantins
  • Piauí
  • Acre (entrou para o grupo desde a última atualização)
  • Rio de Janeiro
  • Paraná

Observação: Rio de Janeiro e Paraná unificaram os cargos antes da LONPC e ainda precisam ajustar a nomenclatura para Oficial Investigador de Polícia, conforme determina a nova legislação.

2) Estados com grupos de trabalho em estágio avançado:

  • Santa Catarina
  • Pará
  • Alagoas
  • Mato Grosso do Sul
  • Paraíba (recém-incluída na lista)
  • Mato Grosso
  • São Paulo


3) Estados em estágio inicial de adequação ou que ainda não iniciaram formalmente o processo:

As demais unidades federativas ainda não consolidaram grupos de trabalho ou estão em fase embrionária de discussão sobre a reestruturação da carreira policial civil.


4) Situações que demandam atenção:

O Estado de Minas Gerais continua em flagrante descumprimento da LONPC, tendo publicado recentemente edital de concurso público com cargos desatualizados e desalinhados com a legislação nacional. O certame foi judicializado, e o estado permanece sem aderir formalmente à unificação de cargos prevista na LONPC, contrariando normas gerais de observância obrigatória por parte das unidades federativas.


A Obrigatoriedade da LONPC

É fundamental destacar que a adesão às diretrizes da LONPC não é uma faculdade dos estados, mas uma obrigação jurídica, conforme previsto no artigo 24, inciso XVI, da Constituição Federal de 1988, que estabelece a competência concorrente da União para legislar sobre normas gerais de organização e funcionamento das polícias civis. O Supremo Tribunal Federal já consolidou o entendimento de que os estados não podem se afastar dessas normas federais, sob pena de inconstitucionalidade.


Reflexos para a Polícia Federal

O processo de unificação de cargos nas Polícias Civis estaduais reforça a urgência de modernização da estrutura da Polícia Federal. Embora sejam instituições distintas, ambas exercem o papel constitucional de polícia judiciária, o que exige uma coerência mínima entre suas estruturas funcionais e operacionais.

A manutenção de um modelo funcional desatualizado na Polícia Federal, com cargos fragmentados e atribuições sobrepostas, representa um anacronismo institucional, especialmente diante da transformação já consolidada em diversos estados. A criação da LOPF é, portanto, uma oportunidade histórica para corrigir essas distorções, promovendo a unificação de cargos e a adoção de um modelo moderno, eficiente e compatível com os desafios atuais da segurança pública.

A ANEPF segue acompanhando de perto os desdobramentos da LOPF, defendendo a valorização do Escrivão de Polícia Federal e propondo, com base na experiência dos estados e nas melhores práticas institucionais, uma reestruturação que fortaleça a atuação da Polícia Federal como polícia judiciária da União.

Fonte desta matéria: Instituto NISP

https://www.instagram.com/reel/DL8SvtGNHvs/?igsh=eXNyMHRxNzduaDZ3


ANEPF
Brasília, 10 de julho de 2025

quarta-feira, 2 de julho de 2025

Nova Diretoria da ANEPF toma posse para o triênio 2025–2028

A Associação Nacional dos Escrivães de Polícia Federal (ANEPF) informa que a partir de 1º de julho de 2025, estão oficialmente empossados os membros da nova Diretoria Executiva e do Conselho Fiscal e Deliberativo, eleitos para conduzir a entidade durante o triênio 2025–2028.

A nova gestão foi escolhida por meio de votação eletrônica realizada no dia 24 de junho de 2025, conforme previsto em edital, e assume com o compromisso de dar continuidade ao trabalho de fortalecimento, valorização e modernização do cargo de Escrivão de Polícia Federal.

Conforme comunicado prévio, está em andamento o prazo para recursos. O encerramento definitivo e oficial do processo eleitoral atual será divulgado através desta plataforma ao final deste prazo.

A ANEPF agradece a participação de todos os filiados no processo eleitoral e reafirma seu compromisso com a transparência, a representatividade e a defesa dos interesses da categoria.

Seguimos juntos por uma ANEPF cada vez mais forte!

Brasília, 2 de julho de 2025.

segunda-feira, 30 de junho de 2025

Resultado oficial das eleições ANEPF Gestão 2025/2028 e prazo para recursos


A Comissão Eleitoral da ANEPF, na pessoa do seu Presidente Marcel Nunes, torna público o resultado da eleição realizada no último dia 24 de junho de 2025, destinada à escolha da nova Diretoria Executiva e do Conselho Fiscal e Deliberativo da entidade para o triênio 2025/2028.

🗳️ O pleito ocorreu em formato eletrônico, com chapa única homologada e total de 57 votos válidos, todos atribuídos à chapa inscrita. Não houve votos em branco ou nulos, e a votação transcorreu normalmente, sem intercorrências técnicas ou contestações.

Com base no resultado, a Comissão Eleitoral proclama como eleita a chapa única, que tomará posse no dia 1º de julho de 2025, conforme regras previstas no Estatuto Social da ANEPF.

📣 ATENÇÃO: Conforme o Art. 55 do Estatuto, está aberto, a partir de hoje, 30 de junho, o prazo de 10 dias corridos para apresentação de recursos, encerrando-se em 10 de julho de 2025. Os recursos devem ser encaminhados para o e-mail oficial da associação: anepf.comunicacao@gmail.com

Confira a composição da chapa eleita conforme consta no boletim informativo oficial:


DIRETORIA EXECUTIVA

Presidente: Marcelo Varela

Vice-Presidente: Flávio Werneck

Secretário-Geral: Igor Valadares

Diretor Financeiro: Deilson Cavalcante

Diretor Jurídico: Francisco Júnior

Diretor Parlamentar: Bruno Buscariolli

Diretor de Estratégia, Pesquisa e Estatística: Vitor Gramari

Diretor de Comunicação e TI: Ricardo Barreto

Diretor de Relações do Trabalho: Lucas Galdino

Diretor de Relações Institucionais: Jonathas de Assis Santos

Diretor de Assistência e Promoção Social: Kairon Nascimento

Diretor Adjunto 1: Diego Tavares

Diretor Adjunto 2: Marcio Nascimento

Diretor Adjunto 3: Everton dos Santos


CONSELHO FISCAL E DELIBERATIVO

Presidente e 1º Membro: Vicente Delgado

2º Membro: Diogo Xavier

3º Membro: Maurício Garcia

4º Membro: Fábio Coelho

5º Membro: Peterson Nunes

Agradecemos a participação dos associados e reiteramos nosso compromisso com a transparência, a legalidade e a democracia interna da ANEPF.

Brasília, 30 de Junho de 2025.

quinta-feira, 26 de junho de 2025

Conheça a história da ANEPF desde a sua fundação até o ano de 2025

A ANEPF surgiu do anseio coletivo da maioria dos Escrivães de Polícia Federal espalhados pelos diversos Estados da Federação. Esse movimento começou por meio do grupo de webmail "Fórum EPF", criado com o objetivo exclusivo de debater questões relacionadas à categoria.

Após ampla participação e votação entre os membros do grupo, foi deliberada — por decisão unânime — a criação de uma associação de âmbito nacional. Coube ao EPF Jivago Fernandes da Silva dar início à formalização da entidade, convocando todos os Escrivães então lotados na SR/PF/SE para uma reunião no auditório da unidade.

Foi nessa ocasião que se lavrou a ATA DE FUNDAÇÃO da ANEPF, no dia 9 de maio de 2012 — data que, a partir de agora, passa a ser reconhecida como o aniversário da ANEPF e será lembrada todos os anos, enquanto sua existência for necessária para a valorização da nossa categoria.

Após a fundação, Jivago providenciou o registro oficial da associação nos órgãos competentes, como o cartório de registro civil e a Receita Federal (CNPJ nº 17.040.150/0001-21, com data de 10/09/2012), tornando-se o primeiro Presidente da história da ANEPF.

Com o crescimento da entidade e o aumento das demandas institucionais, especialmente em Brasília, local onde se concentram as principais articulações com a administração central da Polícia Federal, surgiu, cerca de um ano depois, a necessidade de transferir a presidência para colegas sediados na capital. Foi então convocada uma eleição direta para escolha de nova diretoria.

A linha do tempo das gestões seguintes foi a seguinte:

2º Presidente (2013–2016): EPF Ricardo Wisnievski (Brasília/DF)

3º Presidente (2016): EPF Vicente Delgado (Brasília/DF), que por razões pessoais teve que ser substituído durante o mandato por:

4º Presidente (2016-2019): EPF Ednir dos Santos Nascimento (Rio de Janeiro/RJ)

5º Presidente (2019–2022): EPF Flavio Werneck Meneguelli (Brasília/DF)

6º Presidente (2022-2025): EPF Flavio Werneck Meneguelli (Brasília/DF)

Desde então, a ANEPF tem se consolidado como entidade nacional legítima e representativa, com assento e voz nos principais fóruns classistas da Polícia Federal. Seu papel é hoje amplamente reconhecido pela gestão central do órgão, pela FENAPEF, bem como pelos sindicatos estaduais e associações de classe.

Ao longo de sua história, a ANEPF tem atuado de forma firme e propositiva na defesa dos Escrivães de Polícia Federal, buscando o seu aperfeiçoamento, reconhecimento institucional e a modernização de suas atribuições.

Esta narrativa histórica foi construída a partir dos relatos de Jivago Fernandes da Silva, EPF, Matrícula 6112 – Classe Especial (atualmente aposentado), 1º Presidente e Fundador da ANEPF.

Brasília, 26/06/2025.

segunda-feira, 9 de junho de 2025

Eleições ANEPF 2025/2028 terão chapa única

 


A Comissão Eleitoral divulgou, nesta segunda-feira (9 de junho de 2025), o comunicado oficial de deferimento da inscrição da chapa única que concorrerá à Diretoria Executiva e ao Conselho Fiscal e Deliberativo da ANEPF para o triênio 2025/2028.

O documento confirma que foram cumpridos todos os requisitos previstos no Estatuto Social e no Edital de Convocação. A chapa é liderada por Marcelo Varela (presidente) e Flavio Werneck (vice-presidente), acompanhados por representantes para todas as demais diretorias e para o Conselho Fiscal e Deliberativo.

Próximos passos

24 de junho (terça-feira): realização da eleição em formato 100 % eletrônico, das 8h às 18h (horário de Brasília).

Até a véspera do pleito, a Comissão Eleitoral enviará por e-mail e pelo grupo oficial de WhatsApp o link seguro e as instruções de votação.

Quaisquer dúvidas podem ser encaminhadas diretamente à Comissão pelo e-mail anepf.comunicacao@gmail.com.

Participe!

Mesmo com chapa única, seu voto fortalece a legitimidade da nova gestão e demonstra o engajamento dos Escrivães na construção de um cargo cada vez mais moderno e representativo. Fique atento aos nossos canais oficiais — blog e grupo de WhatsApp — para acompanhar todas as informações.

Juntos, seguimos adiante na defesa e na valorização do cargo de EPF.

Brasília, 09/06/2025.

terça-feira, 3 de junho de 2025

Publicado o Edital de Convocação das Eleições ANEPF 2025/2028


A Comissão Eleitoral da Associação Nacional dos Escrivães de Polícia Federal (ANEPF) torna público o Edital de Convocação para a eleição da nova Diretoria Executiva e do Conselho Fiscal e Deliberativo, que conduzirão a entidade no triênio 2025/2028.

O documento, assinado nesta terça-feira, 3 de junho de 2025, pelo presidente da Comissão Eleitoral, Marcel Brandão Nunes, disciplina prazos, requisitos e demais regras do processo. A votação será realizada em 24 de junho de 2025 (terça-feira), em formato totalmente eletrônico.

Arquivo completo do edital (PDF assinado): https://drive.google.com/file/d/1S3w9kY7B2NN8QNTX1LSkl7JO2bbwLT2C/view?usp=sharing

Todos os demais comunicados — inscrições de chapas, orientações de voto, resultados e eventuais recursos — serão divulgados aqui no blog e no grupo oficial de associados no WhatsApp.

Participe, informe-se e faça valer sua voz!

sexta-feira, 30 de maio de 2025

ANEPF institui Comissão Eleitoral para eleição da nova Diretoria – Gestão 2025/2028

A Associação Nacional dos Escrivães de Polícia Federal (ANEPF) oficializou nesta sexta-feira, 30 de maio de 2025, a nomeação da Comissão Eleitoral responsável por conduzir o processo de escolha da nova Diretoria Executiva e do Conselho Fiscal e Deliberativo da entidade para o triênio 2025/2028.

A designação dos membros foi formalizada por meio da Portaria nº 001/2025, assinada pelo Presidente do Conselho Fiscal e Deliberativo da ANEPF, Maurício Garcia, em conformidade com o artigo 52 do Estatuto Social.

A Comissão Eleitoral será composta por:

  • Marcel Brandão Nunes – Presidente

  • Jeferson Clécio Simões – 1º Suplente

  • Jéssica Bevilaqua Zarattini – 2ª Suplente

Os membros nomeados declararam formalmente que não concorrerão a nenhum dos cargos eletivos em disputa, assegurando o compromisso com a imparcialidade e a lisura do processo.

A Comissão terá como atribuições a organização, supervisão e fiscalização da eleição, que será realizada em formato eletrônico no dia 24 de junho de 2025, conforme calendário previsto:

📅 Calendário Eleitoral ANEPF – Gestão 2025/2028

  • 30/05/2025 – Nomeação da Comissão Eleitoral

  • 03/06/2025 – Publicação do Edital de Convocação das Eleições

  • 04 a 08/06/2025 – Período de inscrição de chapas

  • 09/06/2025 – Homologação e divulgação das chapas inscritas

  • 24/06/2025 – Realização da eleição (votação eletrônica das 8h às 18h)

  • 24/06/2025 – Apuração dos votos e proclamação da chapa vencedora

  • 30/06/2025 – Divulgação oficial do resultado da eleição

  • 01/07/2025 – Posse da nova Diretoria Executiva e do Conselho Fiscal e Deliberativo

  • 10/07/2025 – Prazo final para apresentação de recursos contra o resultado

Divulgaremos as informações atualizadas sempre aqui no blog da ANEPF, acompanhe: https://anepf.blogspot.com/

A ANEPF reafirma seu compromisso com a transparência e a democracia interna, convidando todos os associados a participarem ativamente do processo eleitoral,

Link para a Portaria nº 001/2025 assinada: https://drive.google.com/file/d/1wEB07nVJvEIqw02skCNGkN-3XB8x-G2d/view?usp=sharing

Brasília, 30/05/2025.

terça-feira, 20 de maio de 2025

Novo edital de concurso público para Escrivão de Polícia Federal: avanços históricos e desafios persistentes

  


Foi publicado nesta terça-feira (20/05/2025) o aguardado edital do concurso público para provimento de cargos da carreira policial federal, incluindo o cargo de Escrivão de Polícia Federal (EPF). A ANEPF, como entidade representativa da classe, vem acompanhando de perto cada etapa da construção deste certame, mantendo interlocução direta com o MJSP, a Direção-Geral da PF, a DGP e a ANP.

Neste comunicado, destacamos os pontos positivos e negativos identificados no edital, bem como reafirmamos nosso compromisso contínuo com a valorização e modernização do cargo de EPF.


Vitórias históricas: o reconhecimento de pautas defendidas há anos pela ANEPF

O novo edital representa avanços que resultam de anos de luta da ANEPF. A mais simbólica dessas conquistas é a retirada definitiva da etapa de prova de digitação, uma demanda histórica da categoria.

A exclusão dessa etapa representa o fim de uma prática anacrônica que, de forma injusta, relegava ao EPF o papel de "digitador oficial" da instituição. Tal visão reducionista não apenas desconsiderava a complexidade real da função no contexto atual da Polícia Federal, como também servia de justificativa precária para a transferência recorrente de tarefas mais minuciosas – muitas vezes alheias à atribuição principal do cargo – exclusivamente ao escrivão. A mudança agora incorporada no edital reconhece, com justiça, que o EPF exerce um papel que demanda competências muito mais amplas, como a análise qualificada de informações, a gestão processual e uma atuação estratégica na condução da investigação criminal.

Essa conquista da ANEPF mostra que a modernização institucional é possível quando há diálogo, argumentação técnica e persistência associativa.


Pontos críticos: desafios ainda não superados

Apesar dos avanços, o edital ainda apresenta elementos preocupantes e desatualizados, que reforçam a necessidade de contínua mobilização da categoria:

1. Número de vagas abaixo do necessário

Foram ofertadas apenas 160 vagas para EPF, número considerado insuficiente não apenas diante da demanda reprimida por remoção interna de servidores lotados em regiões de fronteira e de difícil provimento, mas também frente à própria necessidade operacional do órgão. Em diversas unidades da Polícia Federal, como por exemplo na capital paulista, as cargas de inquéritos policiais ainda se mantêm elevadas, exigindo maior força de trabalho qualificada para garantir a continuidade e a eficiência da atividade investigativa. A limitação no número de vagas compromete o fluxo natural de remoções, perpetua a estagnação funcional de centenas de escrivães e impacta negativamente a prestação do serviço público à sociedade.

2. Descrição de atividades antiquada

A “descrição sumária das atividades” do cargo, embora com nome atualizado (antes era "atribuições"), continua baseada em parâmetros ultrapassados da década de 1980, extraídos da antiga Portaria 523/1989, subjúdice. Ignora-se, assim, o avanço técnico-operacional do cargo nos últimos 20 anos, além de desconsiderar o perfil funcional atual da atuação do EPF.

3. Conteúdo programático defasado

A manutenção de disciplinas como arquivologia em sua abordagem clássica, desconectada da realidade da Polícia Federal digitalizada e orientada por sistemas integrados, demonstra o descompasso entre a estrutura do concurso e o real perfil profissional exigido do EPF.


Um cargo em transformação: do cartório ao centro da investigação

A atuação do Escrivão de Polícia Federal mudou – e mudou profundamente.

Se antes o foco estava na produção mecânica de termos e lavraturas, hoje o EPF atua como gestor do inquérito eletrônico, gerindo e controlando prazos, monitorando diligências, reiterando demandas não respondidas ou não respondidas a contento, integrando dados e garantindo o andamento eficiente dos procedimentos, com nível expressivo de responsabilidade e autonomia dentro da investigação criminal.

Mais do que isso, o EPF assume responsabilidades investigativas relevantes, como:

  • Levantamento, cruzamento e análise de informações;

  • Obtenção e gestão de dados estratégicos;

  • Apoio técnico à produção de relatórios e peças de inteligência;

  • Integração com sistemas externos, como PJe, e-PROC, e entre outros.

Essa transição já é uma realidade prática nas unidades da PF e precisa ser refletida tanto no edital do concurso quanto na ementa do curso de formação policial da ANP.


A luta continua: modernizar o cargo é modernizar a investigação

A ANEPF reafirma seu compromisso com:

  • A modernização das atribuições funcionais do EPF, por meio da edição de uma Lei Orgânica justa e democrática para todos os cargos da carreira policial federal;

  • A revisão e atualização da nomenclatura do cargo, de modo a eliminar termos anacrônicos  e interpretações equivocadas quanto à natureza policial do cargo e adotar uma designação que reflita com maior precisão a natureza e a complexidade da atuação do EPF no contexto atual da carreira policial federal;

  • A revisão do conteúdo programático dos concursos públicos para provimento do cargo, alinhando as disciplinas às competências contemporâneas da função;

  • A atualização da grade curricular da ANP, para que a formação do novo escrivão esteja à altura da complexidade do trabalho que o espera;

  • A valorização funcional e estrutural do EPF, inclusive no contexto de transformação digital, inteligência policial e eficiência investigativa.

Convidamos todos os colegas a permanecerem atentos, engajados e ativos no debate institucional. A ANEPF seguirá lutando por um cargo compatível com sua real importância para a Polícia Judiciária Federal.

Brasília, 20/05/2025.

sábado, 3 de maio de 2025

Desvalorização na base: evasão de servidores da PF acende sinal de alerta

  


A recente aprovação de aproximadamente 40 policiais federais — entre agentes, escrivães e papiloscopistas — no concurso para Auditor-Fiscal do Trabalho, seguida de seus desligamentos da Polícia Federal, revela mais do que uma tendência de mobilidade funcional: expõe um sinal vermelho sobre a forma como a base da carreira policial federal vem sendo negligenciada ao longo dos anos.

A ANEPF parabeniza os colegas pela conquista pessoal — legítima e fruto de dedicação. Mas é necessário ir além da celebração individual: o êxodo de servidores qualificados, ainda no início da carreira, deve ser tratado como um problema estrutural que compromete a eficiência do serviço público e a sustentabilidade institucional da PF.

A formação de um policial federal envolve elevado investimento público: são meses de curso de formação, treinamentos operacionais, capacitações técnicas e tecnológicas na Academia Nacional de Polícia, além de seleção rigorosa e acompanhamento contínuo. Quando esses profissionais abandonam a carreira por falta de reconhecimento, o prejuízo não é apenas orçamentário — é funcional e estratégico.

Entre os fatores que alimentam essa evasão, destacam-se:

  • Ausência de um plano de carreira estruturado e transparente, que valorize o crescimento por mérito e dedicação;

  • Falta de critérios meritocráticos nas promoções e nas nomeações para chefias, missões no exterior e funções estratégicas;

  • Baixa qualidade de vida no trabalho (QVT), marcada por sobrecarga, centralização excessiva de decisões e falta de ambiente colaborativo;

  • Desvalorização previdenciária, especialmente após a Reforma da Previdência (EC 103/2019), que esvaziou direitos históricos da atividade policial;

  • Descompasso entre a complexidade das atribuições e o reconhecimento funcional, com falta de incentivos e de projeção de futuro;

  • Ausência de respaldo jurídico e institucional para o exercício da atividade investigativa, com insegurança diante de riscos e decisões sensíveis.

No caso específico dos Escrivães de Polícia Federal (EPFs), a situação é ainda mais preocupante. Esses profissionais desempenham funções altamente técnicas e estratégicas — como a formalização de provas, a análise jurídico-processual de procedimentos, o zelo pela cadeia de custódia e a articulação documental junto ao sistema de justiça —, mas ainda enfrentam um estigma funcional que os associa a um passado cartorial já superado. Hoje, não há mais papel, nem cartório, mas ainda há quem enxergue o cargo com as lentes do século passado.

É por isso que a transformação do cargo de EPF é urgente e inadiável. Atualizar a nomenclatura, rever atribuições, garantir formação operacional equivalente aos demais cargos da base e instituir uma carreira moderna, tecnológica e compatível com a realidade da investigação contemporânea são medidas essenciais — não apenas para a valorização da categoria, mas para o fortalecimento institucional da Polícia Federal.

A ANEPF seguirá atuando de forma firme, técnica e propositiva, em defesa de um cargo que seja necessário, reconhecido e valorizado. Se nada for feito, a evasão de talentos continuará, e com ela se esvai a energia de renovação que a Polícia Federal tanto precisa.

sexta-feira, 2 de maio de 2025

2 de Maio – Dia Nacional de Combate ao Assédio Moral no Trabalho


Compromisso da ANEPF com a valorização, a dignidade e o bem-estar dos Escrivães de Polícia Federal

No Dia Nacional de Combate ao Assédio Moral no Trabalho, a ANEPF reafirma seu compromisso com a valorização dos Escrivães de Polícia Federal (EPFs) e com a construção de um ambiente de trabalho justo, saudável e respeitoso no âmbito da Polícia Federal.


📌 O que é assédio moral?

Assédio moral é toda conduta abusiva — por palavras, gestos, atitudes ou omissões — reiterada ao longo do tempo, com o objetivo (ou efeito) de desestabilizar emocionalmente, intimidar, isolar ou humilhar uma pessoa em seu ambiente de trabalho.

Essas condutas abusivas podem gerar prejuízos à saúde psíquica ou física, comprometer a autoestima e afetar diretamente o desempenho profissional e a dignidade da vítima.

Exemplos comuns de assédio moral:

  • Isolamento deliberado do servidor em reuniões ou comunicações;

  • Críticas constantes, desproporcionais ou injustificadas;

  • Atribuição de tarefas impossíveis, inúteis ou desproporcionais à função;

  • Desqualificação pública do trabalho realizado;

  • Gritar, ofender, usar apelidos ou fazer insinuações vexatórias;

  • Espalhar boatos com o intuito de enfraquecer a credibilidade da pessoa;

  • Ignorar sistematicamente a presença ou a atuação da vítima;

  • Envio recorrente de mensagens ou comandos por meio de WhatsApp ou celular pessoal fora do expediente, inclusive em finais de semana, sem justificativa funcional.

Além das formas já citadas, é importante destacar que a sobrecarga excessiva de demandas — tanto em volume quanto na diversidade de atribuições — também pode configurar assédio moral, especialmente quando imposta de forma arbitrária ou sem respaldo em critérios técnicos e legais. A imposição recorrente de tarefas cumulativas, incompatíveis com o escopo do cargo, pode resultar em exaustão física e psíquica, e é muitas vezes utilizada como forma de punição velada ou desestímulo funcional. Essa prática, quando sistemática, compromete a saúde do servidor e desorganiza a lógica de atuação profissional, caracterizando desvio de função e violação ao princípio da dignidade do trabalho.

No contexto específico do cargo de Escrivão de Polícia Federal, o assédio moral institucional pode se manifestar por meio de condutas como:

  • Uso reiterado de expressões pejorativas ou apelidos depreciativos em relação ao cargo, como “escravão” ou “digitador”, que visam ridicularizar a função e sua complexidade;

  • Exclusão sistemática de EPFs de cursos, treinamentos, instruções operacionais ou oportunidades voltadas à atividade policial, com base exclusivamente na ocupação do cargo, e não em critérios técnicos ou de mérito;

  • Recusa ou desestímulo à participação dos EPFs em atividades investigativas, diligências ou ações conjuntas, desconsiderando suas atribuições legais e competências funcionais;

  • Atribuição de tarefas burocráticas excessivas, desvinculadas da natureza jurídica, investigativa e procedimental do cargo, com o claro intuito de subutilizar ou esvaziar a atuação do servidor;

  • Deslegitimação pública ou institucional do papel do EPF em processos administrativos, cartorários ou investigativos, ainda que suas ações estejam legalmente embasadas.

Importante: o assédio moral se diferencia de um episódio isolado. Para ser caracterizado como tal, é necessário que a conduta seja repetitiva e prolongada.


⚠️ Assédio moral institucional: quando a estrutura oprime

Na estrutura pública, inclusive na Polícia Federal, o assédio pode extrapolar a esfera interpessoal e tornar-se institucional, isto é, resultado de políticas, decisões administrativas ou omissões sistemáticas que geram sofrimento psíquico ou físico no servidor, especialmente quando:

  • Há desvalorização reiterada das atribuições do cargo;

  • O servidor é subutilizado, sobrecarregado ou invisibilizado;

  • As condições de trabalho são negligenciadas ou deliberadamente desestruturadas;

  • Não existem canais efetivos de escuta, acolhimento ou responsabilização;

  • A atuação de órgãos hierárquicos ignora a autonomia técnica e as responsabilidades legais do cargo.

No caso do EPF, são recorrentes os relatos de:

  • Rebaixamento simbólico da função e esvaziamento de atribuições históricas;

  • Pressões administrativas que sobrecarregam e desqualificam o trabalho técnico;

  • Falta de reconhecimento da complexidade jurídica, investigativa e procedimental da função;

  • Ambientes onde se valoriza o status do cargo em detrimento das funções desempenhadas, criando assimetrias funcionais que alimentam o assédio institucional.


📌 Estágio probatório e o silêncio forçado

Colegas em estágio probatório, por receio de represálias ou impacto em sua avaliação funcional, muitas vezes optam por não relatar abusos sofridos. É importante afirmar: nenhuma forma de assédio é aceitável, em nenhuma fase da carreira. O silêncio pode alimentar a perpetuação de práticas abusivas e prejudicar a saúde mental a longo prazo. A denúncia fundamentada, inclusive durante o estágio probatório, é legítima, e o servidor tem direito ao respeito e à dignidade funcional desde o primeiro dia.


🧠 Não “engula” o assédio: o impacto pode ser cumulativo

Muitos servidores optam por “aguentar calados” situações de assédio moral, por medo, desgaste ou descrença na efetividade de qualquer ação. Essa atitude, embora compreensível, pode agravar quadros de sofrimento mental, contribuir para o desenvolvimento de comorbidades como ansiedade, depressão, insônia, burnout e afetar de forma duradoura a saúde emocional e física.

Assédio não é “parte do serviço” — é violência institucional.


🛠️ Como agir e denunciar

Diante de uma situação de assédio moral, a orientação é sempre documentar e reagir com segurança institucional:

✅ Passo a passo para denunciar:

  1. Documente os fatos (datas, locais, envolvidos, testemunhas, prints, e-mails, mensagens);

  2. Relate de forma clara, objetiva e com evidências;

  3. Procure ajuda institucional e/ou sindical;

  4. Registre sua denúncia pela plataforma Fala.BR:

Se você for sindicalizado, também pode buscar orientação e apoio diretamente com o sindicato da sua base, que pode mediar o acolhimento, a proteção e o encaminhamento do caso junto à administração ou à corregedoria.

A denúncia pode ser feita por qualquer pessoa, de forma anônima ou identificada, e será analisada por uma unidade de ouvidoria e, se for o caso, encaminhada para investigação interna no órgão envolvido.


📚 Fundamento legal

Embora o termo “assédio moral” ainda não esteja tipificado diretamente na Lei 8.112/90, suas práticas são enquadradas em dispositivos sobre moralidade administrativa, urbanidade no trato e desvio de finalidade (arts. 116 e 117), podendo ensejar inclusive penalidades administrativas e criminais. Há, ainda, o respaldo da jurisprudência e de diretrizes da CGU, CNJ e OCDE quanto à gravidade do assédio e sua incompatibilidade com a boa governança.


🧭 Programas institucionais de apoio psicológico

Além dos canais de denúncia e do suporte sindical, servidores em sofrimento emocional têm à disposição dois programas da própria Polícia Federal voltados à saúde mental:

➡️ Rosa dos Ventos – Seu Bem-Estar é Nossa Direção
Focado na promoção do bem-estar por meio de rodas de conversa, oficinas e atividades integrativas. Embora não seja um canal de denúncia, pode oferecer acolhimento psicológico inicial e orientações de cuidado.

➡️ PlenaMente PF
Programa estruturado de atenção psicológica e psiquiátrica voltado aos servidores da ativa, com:

  • Consultas online com psicólogos e psiquiatras;

  • Atendimento de urgência emocional (SOS 24h) pelo telefone 0800 333 4423;

  • Aplicativo Saúde24h (Android/iOS) para agendamento e teleconsulta;

  • Mapeamento individual em saúde mental;

  • Atendimento sigiloso, gratuito e com base na LGPD.

Acesse a intranet da PF para buscar informações mais completas e atualizadas sobre os referidos programas.


🤝 A ANEPF está com você

A ANEPF compreende que o assédio moral — especialmente o de natureza institucional — é uma forma de violência estrutural que precisa ser reconhecida, enfrentada e erradicada. Para isso, coloca-se à disposição dos filiados para acolher relatos, oferecer orientação e atuar junto às instâncias competentes, quando aplicável.

📧 Entre em contato com a ANEPF pelo e-mail: anepf.comunicacao@gmail.com

Estamos trabalhando por um ambiente de trabalho digno, ético e profissional — onde o respeito, a valorização e a integridade não sejam exceção, mas regra.

terça-feira, 29 de abril de 2025

ANEPF segue ativa na construção de melhorias para o cargo de EPF, realizando reuniões com DGP e ANP


Em continuidade ao compromisso da ANEPF com a defesa e a valorização do cargo de Escrivão de Polícia Federal (EPF), informamos aos nossos filiados que, no último dia 28 de abril de 2025, realizamos importante reunião institucional com a Diretoria de Gestão de Pessoas (DGP/PF) e com a Diretoria de Ensino da Academia Nacional de Polícia (ANP/PF).

A reunião teve como objetivo apresentar sugestões de aperfeiçoamento no contexto do concurso público para EPF e do Curso de Formação Profissional (CFP), sempre em sintonia com as profundas transformações tecnológicas, procedimentais e institucionais que vêm moldando a realidade da atividade de polícia judiciária e administrativa na atualidade.

Durante o encontro, a ANEPF ressaltou a necessidade de:

  • Atualizar a estrutura das disciplinas cobradas no concurso público, buscando sua adequação à realidade digital dos procedimentos policiais digitais;
  • Harmonizar a formação operacional dos cargos policiais da base, para reforçar a integração e a mobilidade funcional dentro da Polícia Federal;
  • Modernizar pontualmente a descrição das atribuições do cargo de EPF no edital, refletindo a atuação prática atual, cada vez mais tecnológica, estratégica e integrada.

Em sequência à reunião, a ANEPF protocolou o Ofício nº 006/2025 – ANEPF, consolidando essas sugestões para análise da Administração.

Reiteramos que todo o trabalho é realizado em espírito de cooperação e respeito institucional, em harmonia com as realidades e aspirações dos demais cargos, sempre buscando contribuir de maneira técnica e propositiva para o fortalecimento da carreira policial federal e a valorização dos escrivães de polícia.

Seguiremos atentos e atuantes, sempre visando a construção de um cargo útil, moderno, necessário e reconhecido — à altura das exigências da sociedade e da missão da Polícia Federal.

Contamos com o apoio de todos os colegas nessa caminhada. A luta é coletiva! #JuntosSomosMaisFortes

Diretoria da ANEPF
Brasília, 29/04/2025

segunda-feira, 21 de abril de 2025

Filie-se à ANEPF

  



O momento é agora: filie-se à ANEPF e fortaleça a luta pela transformação do nosso cargo

Caros colegas Escrivães de Polícia Federal,

Estamos vivendo uma era de transformações profundas na Polícia Federal — mudanças tecnológicas, processuais e culturais que vêm redesenhando o cenário da investigação criminal e da atuação policial no Brasil.

O inquérito policial já não é mais físico. A atuação "cartorial" tradicional está sendo superada por sistemas como o ePol, por fluxos digitais, inteligência artificial e integração entre instituições. Ao mesmo tempo, o escrivão de hoje atua em grupos táticos, operações de campo, análises estratégicas e missões sensíveis, além de contribuir diretamente com a qualidade técnica e jurídica dos procedimentos investigativos.

Nosso cargo já mudou. Agora, ele precisa ser transformado também de fato e de direito.

A ANEPF vem encampando, de forma firme e propositiva, as pautas que refletem esse novo tempo, mas nenhuma dessas transformações será conquistada sem força de base.

🔹 A luta é coletiva. A voz é da base. A ANEPF é sua.

Por isso, convidamos você, EPF da ativa ou aposentado, a se filiar à ANEPF e se juntar a um movimento classista sério, técnico e determinado a garantir o nosso lugar na PF do futuro.

Filiando-se, você fortalece a legitimidade da entidade, amplia nossa capacidade de articulação com a Direção-Geral, o MJSP, e o Congresso Nacional, e passa a contribuir diretamente com os rumos do nosso cargo.

👉 Para saber como se filiar e conhecer as condições, acesse:

Se queremos ser reconhecidos como indispensáveis, precisamos estar organizados. A ANEPF é o nosso instrumento de transformação.

Junte-se a nós!

Diretoria da ANEPF
Associação Nacional dos Escrivães de Polícia Federal

domingo, 20 de abril de 2025

A VERDADE SOBRE A DEFESA DA ANEPF: MODERNIZAR O CARGO DE ESCRIVÃO DE POLÍCIA FEDERAL É VALORIZAR A PRÓPRIA POLÍCIA FEDERAL

  


Nos últimos tempos, diante da crescente repercussão sobre os debates envolvendo a estrutura da carreira policial federal, a ANEPF vem reafirmar de maneira clara e transparente sua principal pauta de atuação: a defesa da valorização, modernização e reconhecimento institucional do cargo de Escrivão de Polícia Federal (EPF), sempre com responsabilidade, compromisso com a categoria e respeito à Polícia Federal como um todo.

É importante deixar claro: o Escrivão de Polícia Federal não quer virar Agente de Polícia Federal. Essa é uma simplificação equivocada — e muitas vezes maliciosa — da pauta legítima e estratégica que defendemos.

O que a ANEPF e a categoria dos EPFs propõem é a transformação do próprio cargo, a partir de uma constatação objetiva: o modelo atual está defasado diante das profundas transformações tecnológicas, operacionais e organizacionais pelas quais a PF vem passando.

A realidade funcional do EPF hoje é muito mais ampla do que aquela imaginada por quem ainda associa o cargo a um papel meramente cartorial ou de apoio ao delegado. O Escrivão atua de forma altamente especializada e estratégica em diversas frentes da atividade policial, incluindo:

  • Tecnologia e inovação, com domínio de sistemas como o ePol (inquérito eletrônico) e análise de provas digitais;

  • Inteligência e análise investigativa, organizando fluxos processuais, provas, documentos e dados em investigações sensíveis;

  • Ações táticas e operacionais, com participação ativa em operações, missões de campo e cumprimento de mandados;

  • Atuação em grupos especializados, como COT, GPI, CAOP, NEPOM e outros;

  • Polícia administrativa, exercendo com a mesma competência dos APFs funções como emissão de passaportes, controle de armas e produtos químicos, fiscalização de segurança privada, imigração e fronteiras;

  • Instrutoria técnica e operacional, com EPFs atuando como professores nas áreas de armamento, tiro, tática policial e procedimentos operacionais na Academia Nacional de Polícia.

Ou seja: o cargo de EPF não está sendo esvaziado — ele está sendo formalmente subutilizado, justamente por ainda estar preso a uma moldura jurídica ultrapassada.

Por isso, a ANEPF defende dois caminhos legítimos e complementares:

Plano A – A Unificação dos Cargos

A unificação dos cargos de EPF e APF em um novo cargo moderno, técnico, abrangente e valorizado: o Oficial de Polícia Federal (OPF). Essa proposta já foi inclusive contemplada na primeira minuta da Lei Orgânica da Polícia Federal (LOPF), elaborada pela própria Direção-Geral da PF. A unificação elimina sobreposições, amplia as possibilidades funcionais, fortalece a identidade policial integrada e reflete a evolução natural da carreira de base da PF.

Plano B – A Transformação Estrutural do Cargo de EPF

Caso a unificação não encontre respaldo político imediato, a ANEPF defende, de forma paralela, o plano de transformar o cargo de EPF em um cargo moderno, relevante e indispensável, com identidade própria e compatível com as novas exigências da PF e da sociedade. Isso inclui:

  • Atualização dos conteúdos do concurso público;

  • Reformulação curricular do Curso de Formação na ANP;

  • Redefinição de atribuições legais e normativas do cargo;

  • Inclusão do EPF em políticas institucionais de especialização e capacitação;

  • Valorização salarial e funcional compatível com a complexidade da função.

Esse plano B não inviabiliza o plano A, mas fortalece a atuação institucional do EPF enquanto isso não se concretiza. Como já foi dito por muitos colegas: se a unificação for o limão, o plano B é a limonada – mas bem feita, bem gelada e servida com responsabilidade.




CONCLUSÃO

O que está em jogo não é um desejo de "ser outro cargo", mas sim de tornar o cargo de EPF compatível com o século XXI, com as novas tecnologias, com o novo perfil das investigações criminais e com o próprio futuro da Polícia Federal.

A sociedade brasileira precisa de uma PF mais eficiente, mais inteligente e mais integrada. Valorizar o Escrivão de Polícia Federal é valorizar a engrenagem que garante a legalidade, a robustez jurídica e a efetividade das investigações. E isso se faz com reconhecimento institucional, modernização funcional e coragem para mudar.

Seguiremos firmes nessa missão. Com responsabilidade, estratégia e escuta ativa da nossa base.

COMUNICADO OFICIAL – ELEIÇÕES DA ANEPF 2025

A Associação Nacional dos Escrivães de Polícia Federal (ANEPF) informa aos seus filiados que, conforme previsto em seu Estatuto Social, será realizada, dentro de aproximadamente dois meses, a eleição para a nova Diretoria Executiva e para o Conselho Fiscal e Deliberativo da entidade, referente à gestão 2025–2028.

A participação no processo eleitoral é um direito assegurado a todos os associados em dia com suas obrigações estatutárias, razão pela qual reforçamos a importância de que todos os filiados regularizem, caso necessário, sua situação junto à ANEPF com a devida antecedência.

📌 Condições para participação na eleição:

  1. Estar regularmente filiado à ANEPF;
  2. Estar em dia com as contribuições associativas até a data da eleição.

📌 Valor da contribuição:

  • R$ 10,00 por mês, ou
  • R$ 120,00 por ano.

As informações mais atualizadas sobre formas de pagamento e filiação estão disponíveis no link abaixo:

🔗 Clique aqui para acessar

Reforçamos que a participação de cada EPF, seja da ativa ou aposentado, é essencial para o fortalecimento institucional da ANEPF e para a continuidade da representação responsável, ativa e combativa da categoria dos Escrivães de Polícia Federal.

Contamos com o envolvimento de todos neste importante momento democrático.

Atenciosamente,

Diretoria da ANEPF

Associação Nacional dos Escrivães de Polícia Federal

quarta-feira, 2 de abril de 2025

ANEPF participa de apresentação sobre novo Módulo de Gestão de Tarefas do ePol e destaca demandas da categoria em reunião com a COGER



Na manhã desta quarta-feira (2/4/2025), o presidente da ANEPF, Flavio Werneck, participou de uma reunião promovida pela COGER para apresentar às entidades de classe o novo Módulo de Gestão de Tarefas do ePol, também conhecido informalmente como “despacho estruturado”. Durante o encontro, foram demonstradas as principais funcionalidades do sistema, seu fluxo de utilização e as vantagens previstas para otimizar a rotina de trabalho dos policiais de todos os cargos, que agora terão obrigação de utilizar o sistema, dispensando a utilização de sistemas paralelos, como por exemplo o SEI. O módulo tem previsão de entrar no ar neste mês de Abril.

Além de esclarecer dúvidas sobre a implementação do novo módulo, Werneck também pontuou duas questões fundamentais:

1) Melhor aproveitamento dos recursos humanos durante essa fase de modernização e transformação dos sistemas da Polícia Federal, garantindo que o efetivo seja alocado de maneira estratégica para lidar com as mudanças tecnológicas.

2) Integração do ePol com os sistemas do Judiciário (PJE e EPROC), uma vez que os Escrivães de Polícia Federal (EPFs) ainda enfrentam um volume significativo de trabalho manual para replicar e atualizar dados entre o sistema da PF e as plataformas do Judiciário, gerando retrabalho desnecessário. Essa automação poderia poupar muito tempo e reduzir falhas, trazendo maior eficiência para a atividade policial, liberando mão de obra policial altamente qualificada para investigações de alto valor agregado.

Com esse passo, a COGER fecha um importante ciclo de atualizações iniciadas após a implementação do módulo de bens e custódia, demanda histórica da categoria após a migração do SISCART para o ePol. Agora, a preocupação maior da ANEPF é garantir que a próxima fase contemple a interligação entre o ePol e os sistemas judiciais, minimizando retrabalhos e impulsionando a modernização das investigações.

A ANEPF permanece acompanhando de perto todas as evoluções tecnológicas que impactam a categoria e reforça o compromisso de defender os interesses e necessidades dos EPFs nessa nova realidade digital.

Brasília, 02/04/2025.

terça-feira, 1 de abril de 2025

Modernização do Cargo de EPF Ganha Destaque na Imprensa

A Associação Nacional dos Escrivães de Polícia Federal foi pauta na coluna Na Mira, do repórter Carlos Carone, no portal Metrópoles. Na matéria, discute-se a urgência de modernizar o cargo de Escrivão de Polícia Federal para acompanhar as demandas de uma investigação cada vez mais digital e dinâmica

Seja por meio da transformação e valorização das atribuições atuais, seja pela unificação com o cargo de Agente de Polícia Federal, a proposta contempla a criação do Oficial de Polícia Federal (OPF), uma inovação que pode trazer grandes benefícios para toda a categoria.

Um dos principais motivos para defender essa modernização é o cenário tecnológico em rápida evolução, que mudou radicalmente a forma de conduzir inquéritos policiais. Hoje, praticamente tudo é feito em meio eletrônico, exigindo do Escrivão de Polícia Federal atribuições muito mais amplas que aquelas previstas no antigo modelo “cartorial”

Outro ponto crucial é a integração e a eficiência geradas pela unificação ou reestruturação, uma vez que a atual fragmentação de funções pode ser otimizada, trazendo respostas mais céleres e qualificadas à sociedade.

Também é importante observar o movimento nacional das polícias civis, onde diversas leis orgânicas de polícias civis nos estados já preveem a unificação de cargos e a extinção da figura do escrivão tradicional

Manter o cargo de Escrivão de Polícia Federal sem essas atualizações gera um descompasso entre a Polícia Federal e outras instituições de polícia judiciária, que caminham para uma configuração mais moderna, capaz de enfrentar os desafios da criminalidade contemporânea.

A ANEPF, por sua vez, tem batalhado intensamente para promover essas mudanças. A associação enviou ofícios, participou de reuniões com a Direção-Geral e a Direção de Gestão de Pessoal da PF, bem como com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), reforçando que a criação do OPF — seja por unificação ou transformação das atribuições — pode trazer maior efetividade e reconhecimento ao trabalho realizado pelos escrivães.

A proposta não apenas valoriza os Escrivães de Polícia Federal, mas fortalece toda a estrutura institucional. Em tempos em que a digitalização e a eficiência do serviço público são cada vez mais exigidas, a unificação do cargo ou a sua modernização tornam-se indispensáveis para assegurar que a Polícia Federal acompanhe essas tendências e ofereça um serviço à altura das demandas sociais.

Leia a matéria completa no portal Metrópoles e compartilhe essa pauta com os colegas. Quanto mais gente engajada, maiores as chances de conquistarmos a modernização que todos esperam. "Juntos somos mais fortes", dizem até colegas de outros cargos.

Confira a matéria na íntegra aqui: https://www.metropoles.com/distrito-federal/na-mira/associacao-de-policiais-federais-defende-unificacao-de-cargos-entenda

sexta-feira, 28 de março de 2025

Polícia Federal 81 anos: Excelência a Serviço do Brasil, com os Olhos no Futuro


Ao completar 81 anos de história, a Polícia Federal consolida seu papel como uma das instituições mais respeitadas do país, trilhando uma trajetória marcada pela excelência no combate ao crime e pela promoção da justiça.

Essa trajetória de sucesso foi construída pelo trabalho incansável de seus servidores – destacando-se a contribuição imprescindível dos Escrivães de Polícia Federal, verdadeiros pilares operacionais, técnicos e intelectuais do órgão – e por investimentos constantes em inovação de processos e capacitação de seus recursos humanos.

No entanto, para manter seu elevado padrão, a PF agora precisa superar, sem delongas, desafios burocráticos e assumir de forma decidida a modernização estrutural exigida pelos tempos atuais.

Devemos merecido reconhecimento pela dedicação ao longo dessas oito décadas.

Ao longo do tempo, atuamos como profissionais responsáveis pela correta formalização dos procedimentos policiais, atividade fundamental à manutenção da cadeia de custódia — elo essencial que transforma horas de investigação em provas sólidas nos processos judiciais.

Atualmente, tal função é amplamente viabilizada por sistemas informatizados e fluxos eletrônicos.

Destacamos, ainda, a atuação qualificada de nosso efetivo em diversas outras atribuições institucionais do órgão, como nas atividades de inteligência, nas competências regulatórias e no exercício da polícia de soberania.

Sempre atuando fora dos holofotes, muitas vezes em condições adversas de trabalho, somos essenciais ao êxito das operações policiais e administrativas.

Da mesma forma, todo o quadro de servidores — não só escrivães, como também agentes, peritos, papiloscopistas, delegados e servidores da carreira administrativa — demonstra diariamente níveis de qualificação técnica e dedicação que se destacam no serviço público brasileiro, especialmente nas operações de combate ao crime organizado, à corrupção e aos crimes cibernéticos, que já alcançam dimensões transnacionais.

Contudo, é preciso reconhecer que a excelência humana da PF muitas vezes esbarra em estruturas obsoletas e engessadas.

Processos excessivamente burocráticos, hierarquias inflexíveis e a manutenção de modelos ultrapassados, somadas à existência de sistemas informatizados múltiplos e não integrados, ainda comprometem a agilidade e a eficácia de investigações que exigem resposta imediata.

Em um mundo no qual o crime se ampara na tecnologia, na sofisticação organizacional e na velocidade de atuação, nossa polícia precisa de mais autonomia operacional, sistemas integrados de inteligência e maiores investimentos em ferramentas como análise de dados e inteligência artificial.

A modernização deixa de ser uma aspiração e se impõe como uma necessidade inadiável para a consolidação de uma Polícia Federal efetivamente preparada para os desafios de 2025 e dos anos vindouros.

Celebrar 81 anos da Polícia Federal é honrar sua história de conquistas, mas também renovar o compromisso com seu futuro.

A sociedade brasileira não medirá esforços para apoiar uma PF ainda mais ágil, inovadora e eficiente — porque um país seguro depende de instituições fortes e modernas.

Que as próximas décadas sejam marcadas não apenas pela manutenção da excelência, mas pela modernização de suas estruturas e pela superação dos desafios que ainda impedem a Polícia Federal de alcançar todo o potencial que sua missão exige e sua história consagra.

Afinal, como bem afirma o lema da instituição: “Pela Pátria e pela Lei, sempre presentes!”

O tempo urge, pois o crime não espera — e também opera em constantes, sofisticados e acelerados processos evolutivos.