terça-feira, 20 de novembro de 2018



NOTA OFICIAL

A Associação dos Escrivães de Polícia Federal – ANEPF parabeniza Maurício Leite Valeixo, atual Superintendente Regional da PF no Paraná, por ter sido indicado pelo futuro Ministro da Justiça, Sérgio Moro, para ocupar o cargo de Diretor-Geral da Polícia Federal.

Entendemos ser uma escolha acertada, tratando-se de um gestor experiente e comprometido com a instituição e seus servidores.

Esta associação já se colocou à disposição do futuro Diretor-Geral, através de contato pessoal, para auxiliar, no que for cabível, a sua gestão.

Nessa oportunidade, recebemos sinalização positiva de Valeixo quanto à continuação de um projeto de construção de uma Lei Orgânica da Polícia Federal.

Esse projeto conta com participação ativa do atual Diretor-Geral, Rogério Galloro que, com todas as categorias, somaram esforços para elaborar uma proposta consensual que, certamente, trará pacificação interna e modernização institucional.

Assim, a ANEPF segue contribuindo nesse processo, reconhecendo e parabenizando a gestão maior da PF, atual e futura, e se colocando sempre à disposição quando chamada, no interesse de seus associados, da gloriosa Polícia Federal e da sociedade brasileira.

DIRETORIA ANEPF
https://www.facebook.com/ANEPF/

sexta-feira, 9 de novembro de 2018

ANEPF - NOTA OFICIAL SOBRE TEXTO DO SITE "O ANTAGONISTA"




Nota oficial

A Associação Nacional dos Escrivães de Polícia Federal, diante da matéria publicada por “o antagonista” no dia 08.11.2018, com o texto: “É regra na PF? Com equipe desfalcada, delegado atuou até como escrivão em delação de Palocci”, aproveita o ensejo para tecer algumas considerações importantes, principalmente, devido ao atual contexto social e político brasileiro.

Inegável a contribuição da operação Lava Jato para a quebra de paradigmas em matéria de responsabilização criminal de grandes personalidades, públicas e privadas, até então intocáveis, assim como de um enfrentamento focado e contundente à corrupção.

Neste sentido, resgatamos o trecho do hino da Polícia Federal, que representa o sentimento de todos os policiais envolvidos: “orgulhosos de ser federais”.

Mas não é só de operação Lava Jato que vive a Polícia Federal (PF) e muito menos é o que a sociedade espera de uma instituição de tamanha importância estratégica para o país.

O crime organizado cresce e, com ele, a violência urbana, aumentando e muito a sensação de insegurança. Além do prejuízo social, a violência gera impacto econômico importante.

Aí concentraremos o foco do presente texto, para esclarecer a opinião pública e desmistificar algumas questões importantes.

A Polícia Federal é responsável constitucional por exercer a chamada polícia de soberania, atuando na proteção de nossas fronteiras, combatendo os crimes transfronteiriços, principalmente, o contrabando e o tráfico de drogas e armas.

Questão de vital importância estratégica é pensar que o crime organizado é financiado, principalmente, pela venda de drogas oriundas de fora do território nacional e utiliza, para ações diversificadas, armamento sofisticado produzido em outros países. Ora, fica claro que o policiamento das fronteiras precisa ser priorizado.

Ocorre que a Polícia Federal tem utilizado sua estrutura e recursos muito mais com burocracia do que com a efetiva atenção às suas atribuições constitucionais.

Isso se deve a dois fatores: estrutura de carreiras (policial e administrativa) defasada e modelo burocrático de investigação. Os dois problemas têm a mesma gênese, pois são interdependentes. A estrutura da carreira policial, similar à utilizada pelas polícias civis estaduais, privilegia o modelo de investigação utilizado, o inquérito policial, em detrimento das demais atribuições constitucionais da PF.

O inquérito policial, já de longa data, tem se mostrado instrumento caro, lento e ineficiente, gerador de impunidade, fator importante para o caos que se encontra a segurança pública do país. O modelo ainda se mantém e, com ele, uma estrutura de carreira, dividida em castas, sem promoção, com divisão de trabalho atualmente descabida e atividades totalmente desatualizadas e desconexas com a realidade tecnológica atual.

Nesse sentido, a reclamação do delegado Filipe Pace, se bem interpretada, demonstra a crise interna vivida na PF e já retratada por vários canais de comunicação. Só reforça o entendimento da imprescindibilidade de uma reestruturação de carreira e reengenharia organizacional da instituição. Se faltam recursos para a operação mais importante da PF na atualidade, o que será das investigações regulares?

Atualmente, as várias categorias trabalham num projeto consensual que poderia não só significar uma pacificação interna, mas modernizar a PF para que possa continuar atuando fortemente contra a corrupção, aumentar os índices de eficiência nas suas investigações que, no geral, não são muito diferentes dos obtidos pelas polícias estaduais, além de conseguir direcionar o efetivo de forma mais equilibrada no cumprimento de todas as suas atribuições constitucionais, principalmente, no policiamento marítimo, aeroportuário e de fronteiras.

O desfalque de servidores, como ressaltou o delegado para “o antagonista” poderia ser suprida, por exemplo, com a contratação de servidores da carreira administrativa, que exerceriam as atividades burocráticas e administrativas, incluindo as cartorárias, hoje realizadas por policiais federais, liberando um contingente significativo de policiais para a atividade fim.

Essa é só uma das alterações presentes no projeto que poderá vir a ser um grande avanço do próximo governo no pacote de melhorias para a segurança pública.

Existem inúmeros heróis anônimos na PF, uma legião de escrivães, agentes, papiloscopistas e peritos que trabalham incansavelmente por um país mais próspero e justo.

Contamos com os diversos atores políticos, atuais e futuros, para que, ombreados, possamos realizar este projeto que colocará a nossa gloriosa instituição efetivamente no século XXI. 

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

CARTA ABERTA À SOCIEDADE BRASILEIRA - UNIFICAÇÃO DE CARGOS NA PF



CARTA ABERTA À SOCIEDADE BRASILEIRA A RESPEITO DA POSSÍVEL UNIFICAÇÃO DE CARGOS NA POLÍCIA FEDERAL

A ANEPF esclarece à sociedade brasileira alguns pontos de vista acerca de uma possível unificação dos cargos de escrivão, papiloscopista e agente, no que concerne à estrutura organizacional da Polícia Federal.

A iniciativa formal de unificação destes cargos surgiu originalmente dentro do pacote da "minuta de reestruturação" da PF, documento da época da gestão do então diretor-geral Sr. Fernando Segóvia, em meados de 2018, juntamente com o projeto de criação de um cargo policial federal de nível médio (que gerou muita discussão e polêmica entre os policiais federais e na sociedade em geral também, conforme amplamente divulgado pela imprensa).

Viemos explicitar a visão da ANEPF sobre a pauta da unificação dos "cargos EPA" (denominação global para escrivães, papiloscopistas e agentes):

- Trata-se de um projeto bem simples e prático de ser implementado, mais simples do que planejar e estruturar todos os detalhes da regulamentação da "carreira única" (atualmente chamada de "carreira policial federal"), a qual, por sua vez, envolveria não só estes três cargos, mas todos os cargos dentro da PF (incluindo delegados e peritos). 

Obs1: importante observar que a PF já foi concebida e também constitucionalmente prevista para ser instituída "em carreira" (única, no caso), assim como é a PRF, conforme preceitua o art. 144 da CRFB de 1988. No entanto, até hoje, 30 anos depois, esta carreira ainda não foi regulamentada, e por isto não foi aplicada na prática. Portanto, existem movimentos na sociedade para regulamentar a carreira, e não para criá-la, pois afinal ela já fora criada pela CRFB/88. O que falta, portanto, é tão somente sua aplicação.

- A unificação é um projeto que gera retorno financeiro imediato à sociedade, liberando imediatamente os cerca de 1.800 escrivães da PF da atividade cartorária (que atualmente toma uma boa parte do seu tempo de trabalho) para funções exclusivamente policiais e não-burocráticas, relacionadas com a área-fim da instituição, bem como no combate à corrupção e ao crime organizado.

Obs2: importante também mencionar que o Escrivão de Polícia Federal é um cargo de natureza policial, e, nesta esteira, possui os mesmos requisitos de ingresso na carreira que os demais cargos da PF, incluindo nível de escolaridade, nível de dificuldade no concurso, e praticamente o mesmo curso de formação na academia de polícia, ou seja, nenhuma diferença substancial para os demais cargos policiais da PF.

- A unificação dos cargos EPA representa um pré-requisito para a regulamentação da carreira policial federal, pois, em ambos os casos (unificação ou regulamentação da carreira), o cargo de Escrivão de Polícia Federal deixaria de existir, ou seja, não há motivo relevante para se deixar de implementar desde já a unificação dos cargos, já que tal mudança denotaria possibilidade de dinamismo e otimização dos recursos humanos do órgão, inclusive com aprimoramento dos normativos internos que regem a atividade investigativa. 

- A unificação dos cargos EPA não obsta a contínua regulamentação e aperfeiçoamento da carreira policial federal; pelo contrário, só a fortalece, já que é um grande passo dado na direção da modernização da atividade policial, centrada na figura de um cargo precipuamente investigativo e dinâmico no contexto da elucidação de crimes (o nome proposto foi Oficial de Polícia Federal), com engajamento em prol de um objetivo central, tanto junto à sociedade como à Administração Pública, qual seja: a evolução de nosso modelo policial, para efetivo enfrentamento do excesso burocrático, da morosidade do serviço público prestado e, por fim e principalmente, visando-se a diminuição dos índices de criminalidade e impunidade;

- No caso de ocorrer a unificação, nenhum Oficial de Polícia Federal (ex-EPA) será alocado em atividades cartorárias, pois se o intuito é retirar dos escrivães desta função (de natureza administrativa e de nível médio), não faria sentido colocar agentes ou papiloscopistas para realizá-la. A sugestão que foi tratada à época junto à administração e com o SINPEC (Sindicato Nacional dos Servidores do Plano Especial de Cargos da Polícia Federal) seria a de transferir a atividade cartorária ainda remanescente da modernização dos sistemas informatizados da PF para agentes administrativos, juntamente, por óbvio, com o implemento contínuo de políticas de valorização do nosso competente quadro administrativo.

Logo, não vislumbramos motivos para receio da sociedade e nem dos policiais federais (sejam aposentados, da ativa, ou "concurseiros" aspirantes) com relação à unificação dos cargos EPA, pois se trata apenas de um passo natural na direção da modernização da estrutura de recursos humanos da instituição.

Estamos à disposição da sociedade e dos colegas policiais federais para recebermos quaisquer comentários, críticas ou sugestões, ou para esclarecermos eventuais dúvidas remanescentes, por meio do e-mail anepf.comunicacao@gmail.com.

DIRETORIA ANEPF
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